domingo, 15 de janeiro de 2012

MINISTRA ISOLADA NA SUA ULTIMA LUTA....

RETIREI ESTE ARTIGO DO "IN VERBIS" QUE POR SUA VEZ TRANSCREVE DO JORNAR EXPRESSO....


"Maçonaria deixa ministra isolada

Pedro Passos Coelho e os ministros-adjuntos, Paulo Portas e Miguel Relvas, discordam de dar gás a este assunto e o PSD (partido onde alguns admitem alinhar com a ministra) foi aconselhado pelas cúpulas políticas do Governo a recentrar a agenda nas questões económicas e a deixar-se, após a catarse vivida esta semana na reunião da bancada (texto ao lado), de discussões que desviem do essencial da ação do Executivo. “Para nós a questão da maçonaria está arrumada”, confirma um alto responsável do grupo parlamentar do PSD, apostado em não alimentar mais, pelo menos para já, o tema que nos últimos dias incendiou a maioria. Mas não é certo que o assunto não volte à ribalta.

Jornalistas, juizes e advogados na mira
Figuras com peso no grupo parlamentar — como Carlos Abreu Amorim e Luís Menezes, vice-presidentes da bancada, ou o líder da JSD, Duarte Marques — não afastam a possibilidade de vir a repensar o registo de interesses dos deputados. Apenas aguardam melhor timing.
Abreu Amorim diz que “é preciso deixar assentar a poeira”, mas concorda com a necessidade de maior transparência no que toca às ligações agora tomadas públicas entre alguns políticos (entre eles os líderes parlamentares do PSD e do PS) e lojas maçónicas. E Duarte Marques, líder da Jota, concorda que esta não é boa altura para legislar, mas defende “que sim, deve-se saber quem é ou não maçom, desde que isso seja válido para todos os detentores de cargos públicos ou com projeção pública, incluindo juizes e jornalistas”.

Se, mais à frente, a discussão pegar, há na bancada do PSD quem se proponha engrossar a polémica, questionando se um novo registo de interesses dos deputados não deve obrigar a que os que são parlamentares e advogados tornem público que clientes servem. Ficar só pelos maçons, parece fora de causa.
As palavras de Paula Teixeira da Cruz foram criticadas na reunião do grupo parlamentar do PSD, onde a inclinação geral foi no sentido contrário. Apesar de mal recebidas, as declarações da ministra da Justiça foram enquadradas como uma “posição pessoal”, coisa que a própria já fizera questão de frisar."
Ângela Silva | Expresso | 14-01-2012





Pois é Senhora Ministra, continua a lutar por valores que valem a pena defender e lutar, mas… por linhas tortas. Uma coisa é combater frontalmente uma classe como é a dos Advogados, hoje fragilizada por divisões internas e fruto de uma desenfreada acessibilidade à profissão, não tocando noutras classes de agentes de Justiça, só porque os teme ou por empatias, a outra é combater poderes já enraizados numa classe como a política, que há muito se habituou, a ser mais do que o comum dos mortais.

Ficou isolada, porque usou uma desajustada estratégia, uma ausente diplomacia, com a arrogância que lhe é usual.
Pense Senhora Ministra, antes de enveredar por confrontos, em lutas que mais não fazem que fragilizar a função que lhe adjudicaram. Com isso não ajuda nem a Justiça nem o País, que nesta altura, mais do que nunca, precisa de acreditar e ver reforçado o poder judicial.
 Como é que pretendia, só porque ocupa uma pasta ministerial, combater forças como a das sociedades secretas, que há séculos protegem os seus membros, oferecendo-lhes a garantia de lugares de poder e ascensão social e profissional?  

Não concorda Senhora Ministra, que foi ingénua e precipitada?

Sem comentários:

Enviar um comentário